Os tentáculos dos<br>«vistos dourados»

Numa nota emi­tida no dia 21 pelo seu Ga­bi­nete de Im­prensa, o PCP co­mentou o caso dos cha­mados «vistos dou­rados», su­bli­nhando que é «todo o Go­verno e a sua po­lí­tica que devem ser res­pon­sa­bi­li­zados» pela si­tu­ação. Pela sua gra­vi­dade e en­vol­vência, este não é um mero caso de po­lícia e de tri­bu­nais, tendo «ób­vias im­pli­ca­ções po­lí­ticas». Assim, deve ter con­sequên­cias que vão «para além da subs­ti­tuição deste ou da­quele mi­nistro ou membro de órgão do Es­tado». A de­missão do Go­verno é cada vez mais in­con­tor­nável e ur­gente.

Não es­tando ainda claros todos os con­tornos do caso, o PCP sa­li­enta que tudo pa­rece apontar para uma «rede ten­ta­cular que emerge, en­vol­vendo pes­soas e en­ti­dades que era su­posto es­tarem acima de sus­peita». A in­ves­ti­gação ri­go­rosa e cabal do caso cabe, ob­vi­a­mente, às au­to­ri­dades ju­di­ciá­rias, «de quem se es­pera e exige uma ac­tu­ação firme e eficaz» no quadro dos seus de­síg­nios cons­tu­tu­ci­o­nais.

Cha­mando a atenção para a ca­rência de meios do sis­tema ju­di­cial, que leva a que cada vez mais os pre­su­mí­veis au­tores de crimes eco­nó­micos es­capem pela «malha larga» da Jus­tiça, o PCP su­blinha ser cada vez mais evi­dente que o au­mento cres­cente de casos de alta cor­rupção está li­gado ao «cres­cente do­mínio dos grupos eco­nó­micos e fi­nan­ceiros sobre a vida na­ci­onal, a ad­mi­nis­tração e as ins­ti­tui­ções do Es­tado». Esta si­tu­ação, alerta o Par­tido, com­porta riscos para o re­gular fun­ci­o­na­mento das ins­ti­tui­ções e «faz pe­rigar cada vez mais, o pró­prio re­gime de­mo­crá­tico».

 



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